Confira os ensaios fotográficos e os filmes aprovados para o encontro deste ano.

 

 

Amazônias: cidades e diálogos entre Brasil e Colômbia.
De Ana Luisa Sertã Almada Mauro (LabNau – USP) & Diana Paola Gómez Mateus LabNau – USP) 2013, 2014, 2015. Tefé/AM; Mancapuru/AM; Puerto Assís/ Putumayo, (Colômbia).

Donos, mortos e mayordomias: Performances do xamanismo em Huautla.
De Gabriel O. Alvarez (PPGAS/UFG), 2016, Huautla (México); Goiania/GO.

O corpo do homem negro na dança.
De Adriana Baccin (UFSCar), 2015, Unemat/MT.

O corpo em movimentos: Marcha pra Jesus e Parada do orgulho LGBT como tecnologias de ajuntamento.
De Jacqueline Moraes Teixeira (PPGAS/USP) & Román Alonso ((ETSAM/UPM) Madri/Espanha. 2016, São Paulo.

O Dia Nacional do Cigano na Gruta de Santa Sara Kali – Ciganos, religião e espaço público no Rio de Janeiro.
De Cleiton Machado Maia (PPCIS/UERJ) & Ana Paula de Souza Campos (PPCIS/UERJ). 2017, Rio de Janeiro/RJ.

Olhares alheios: ensaio de fenomenologia sociológica na Índia.
De Joana Brito de Lima Silva(PPGCSO/PPGFIL – UFJF) & Luciano Donizetti da Silva (PPGCSO/PPGFIL -UFJF). 2016. Índia.

Patrimônio cultural e alteridade: experiências etnográficas em territórios de identidades negras.
De Luana Carla Martins Campos Akinruli (INSOD / UFMG) & Samuel Ayobami Akinruli (INSOD/UFMG). 2016. Regiões centro-oeste, sudoeste e sul de Minas Gerais.

Quando a vacina entra na escola: a trajetória da vacina HPV em uma escola pública do Distrito Federal.
De Natália Almeida Bezerra (PPGAS-DAN/UnB). 2015, Brasília/DF

Uma vida a margem da conservação: sobre pessoas esquecidas em corpos invibilizados
De Adriano Castorino (UFT, Unemat) & Rosane Duarte Rosa Seluchinesk (UFT, Unemat)

 

 

 1ª sessão: dia 24/10, terça-feira, das 20h30 às 22h30

 

A vida tocando.
De Marco Antonio Saretta Poglia(PPGAS / UFRGS) & Vinicius Correa. 2016. Porto Alegre/RS, 25 min.

Sinopse: O curta narra a trajetória artística do violonista Nivaldo José. Natural de Barretos (SP), Nivaldo encontra-se radicado em Porto Alegre desde 1990. Começou a tocar violão aos treze anos de idade. Aos vinte, descobriu-se vítima de retinose, doença que lhe ocultaria gradativamente a visão ao longo da década seguinte. A Vida Tocando compreende uma narrativa biográfica em primeira pessoa, onde a deficiência visual emerge no cotidiano do personagem a partir de uma positividade discursiva, expressa através das formas criativas que encontrou para reinventar-se como violonista. Em conexão com os “estudos sobre deficiência”, o filme não apresenta a deficiência sob o ponto de vista do trágico ou da anormalidade, em termos diagnósticos, cuja superação atestaria algum tipo de genialidade por parte do artista, mas antes como eixo fundamental de um estilo de vida singular. A cegueira como um modo de vida, como afirmava Jorge Luis Borges – sem, no entanto, negligenciar a estrutura social que a oprime.

 

A música e as bandas no contexto do desfile cívico de Rio Tinto.
De Caio Nobre Lisboa (UFPB). 2016. Rio Tinto/PB. 12min59seg.

Sinopse: Por ocasião dos desfiles cívicos da Semana da Pátria, bandas marciais, fanfarras e bandas de música formam uma cena musical única no contexto de um ciclo anual de festividades do Município de Rio Tinto, localizado no Litoral Norte do Estado da Paraíba, Brasil. A música e as bandas no contexto do desfile cívico de Rio Tinto se aproxima deste “momento” de performance, propondo-se a evidenciar o encontro que se deu pelo filme da música e das vozes do pesquisador e do interlocutor, um músico que desde muito jovem toca nas bandas e fanfarras da cidade.

 

Imagens e memórias: o cinema no Vale do Mamanguape (PB).
De José Muniz Falcão Neto (UFPB). 2016. Mamanguape/PB, Rio Tinto/PB e João Pessoa/PB. 15 min.

Sinopse: Durante dois anos de pesquisa sai em busca de historias que relatassem a época dois antigos cinemas da região, apesar doas nãos que se passaram, ainda é viva no imaginário local e bem rememorado à época de “ouro” do vale. O filme aborda as memórias coletivas relacionadas ao cinema do vale do Mamanguape-PB. Especificamente, trabalhou-se com dois cinemas específicos da região, o Cine Teatro Eldorado e o Cine Teatro Orión, respectivamente nas cidades de Mamanguape-PB e Rio Tinto-PB. Partindo do cinema direto e da antropologia compartilhada, o curta apresenta diversos personagens relatando suas experiências e vivências dentro das salas de cinema na região.

 


 

2ª sessão: dia 25/10, quarta-feira, das 20h30 às 22h30

 

Os caminhos das sementes.
De Ana Luísa Sertã Almada Mauro (Lab-NAU/USP). 2017. São Paulo/SP. 27 min. e 40 seg.)

Sinopse: Em “Os Caminhos das Sementes” acompanhamos Regina Vilácio, que herdou de sua mãe a coordenação da Associação de Mulheres Sateré-Mawé (AMISM) de Manaus, em uma jornada mobilizada por sementes. Da coleta de algumas variedades na área urbana, partimos em direção a Maués, na entrada da Terra Indígena Andirá-Marau, em busca de espécies típicas da região do Baixo Amazonas, consideradas essenciais para o artesanato sateré-mawé. Refazendo os passos de sua mãe Zenilda, cuja memória permeia toda a narrativa, Regina pretende retomar uma prática comum entre as artesãs Sateré-Mawé em Manaus e nas aldeias: a troca de roupas por sementes. Munidas de cinco sacas com roupas reunidas por diversas famílias de Manaus, pesquisadora e protagonista chegam à pequena cidade de Maués no fim do mês de abril — época em que muitas mulheres deixam suas aldeias rumo ao município a fim de receber aposentadorias e benefícios sociais, aproveitando para levar sementes de chumburana, pucá, morototó e peças de pombinhos talhados em muru-muru para venda e troca. Regina, que não fazia esse trajeto desde o falecimento de sua mãe em 2007, reencontra antigas integrantes da AMISM, reforça relações, relembra histórias e trava novos contatos, com a intenção de retomar as atividades da associação na área.

 

Conversa com Roque Laraia sobre antropologia visual.
De João Martinho de Mendonça. (AVAEDOC/ARANDU/UFPB). 2015/2016. PB. 30 min.

Sinopse: Recorte da generosa entrevista, concedida pelo professor Roque de Barros Laraia (UnB) ao pesquisador João Mendonça (UFPB), em outubro de 2015, ao final da reunião anual da ANPOCS, em Caxambu/MG. Ao longo do vídeo, dividido em quatro blocos, ele discorre, sucessivamente, sobre: suas pesquisas de campo e o uso de câmeras no trabalho etnográfico, sua participação na elaboração do filme “Jornada Kamayurá” de Heinz Forthmann, o trabalho realizado junto ao acervo fotográfico de Jesco Von Putkammer na Universidade Católica de Goiás e, por fim, sobre o etnógrafo Curt Nimuendaju e outros assuntos relacionados a colecionamento e museus. Comentários sobre o campo da antropologia visual e os novos laboratórios criados para seu desenvolvimento (nas universidades) encerram esta nossa conversa com Roque Laraia.

 


 

3ª sessão: dia 26/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h30

 

Xamanismo e Política, Huautla.
De Gabriel O. Alvarez (PPGAS/UFG). 2016. Huautla, Oax./México, Goiânia/GO. 30 min.

Sinopse: A pesquisa Mazatecos: xamanismo e política, teve como propósitos, compreender e traduzir a tradição mazateca privilegiando a análise de rituais e performances. Durante a realização da pesquisaregistramos diversos rituais cívico-religiosos em Huautla(Mx), e prestamos especial atenção à participação de dois chjota-chjine (xamãs, gente de conhecimento): o professor Alfonso e a Abuela Julieta. Comeles registramos rituais de pedimento, rituais com “niños santos”. Estes rituais se apresentam como porta de entrada para uma tradição xamânica na qual existem o supramundo e o inframundo e o xamã como mediador com estas dimensões. Analisamos as mudanças introduzidas aceleradamente a partir da década de 1960 com a chegada do órgão indigenista e os hippies. Depois analisamos o sistema de cargos cívico-religioso a partir da apresentação da mayordomía como performance religiosa e diversas cerimonias nas quais são performados os cargos cívicos, como a marcha de reis, a faena (trabalho comunitário), e o informe de governo. Analisamos também a participação dos nossos personagens nessas cerimonias. O filme finaliza com as eleições para a presidência municipal e mostra como a política em Huautla fala no idioma das performances tradicionais.

 

Lideranças políticas no Brasil: características e questões institucionais
De Silvana Martinho (NEAMP-PUC/SP) & Vera Chaia (NEAMP-PUC/SP). 2015, 2016. Brasília/DF; São Paulo/SP; Porto Alegre/RS. 27 min. 56 seg.

Sinopse: Este vídeo busca a definição de “Liderança Política” e o seu significado na história política brasileira e na atual conjuntura política. Para o presente vídeo foram selecionadas as falas de algumas lideranças políticas que entrevistamos, tendo como objetivo compreender qual o significado de líder para esse grupo de atores políticos selecionados: Chico Alencar RJ-PSOL, Jean Wyllys RJ-PSOL, João Pedro Stédile – MST, Luciana Santos – PE-PCdoB, Ivan Valente – SP-PSOL. Os pesquisadores que participaram das entrevistas com os políticos e lideranças da sociedade civil escreveram um diário de campo, relatando as circunstancias em que as entrevistas foram realizadas e as primeiras impressões das lideranças entrevistadas. Essas observações são importantes enquanto memórias do momento da pesquisa, para arecupéração das entrevistas.

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