Por Renata Mesquita e Rosália Andrade
Publicado originalmente em 20/07/2021
#ANPOCSVisual | O filme é estruturado a partir de relatos de corpos negros teóricos, dialogando com cenas que retratam o viver de negras e negros no espaço universitário. Traz em seu enredo as dores adquiridas pelo processo de violência do não-lugar, por “não ver os seus” ou por um lugar que ainda versa sobre o epistemicídio negro.
Pensar na solidão dos corpos negros não quer dizer que os negros universitários não tenham agência e não ocupem lugares de poder, mas é pensar em problemáticas que surgem a partir de sua permanência nesse espaço; nas estruturas de projeções coloniais que os cercam; na colonialidade material que não os permitem seguir; e na subjetividade da violência simbólica que os adoecem; por exemplo, é pensar como a universidade abarca “uma mulher, negra, mãe, periférica, desempregada, na pós-graduação e sem ter bolsa universitária”.
O curta integra o Laboratório de Antropologia Visual (LAV/UFPE) e a temática do filme relacionam-se com a linha de pesquisa estudada pelas duas discentes Renata Mesquita e Rosália Andrade, doutorandas do PPGA/UFPE, na área de relações raciais e intersecções como o racismo epistêmico, institucional e estrutural.
SOBRE O FILME
A Solidão dos Corpos Negros no Espaço Acadêmico | 2019. Duração: 7`41.
Renata Mesquita (@mesquita.renata) e Rosália Andrade (@rosaliacandrade). UFPE (@ufpe.oficial)
*Este post não representa necessariamente a posição da ANPOCS.