Por Paulo H. Cassimiro

Publicado originalmente em 05/09/2022

#AbreAspas | A história do 7 de setembro é uma constante transformação nos símbolos e significados sobre o sentido de nossa formação como Estado e sociedade. A captura da data por um projeto reacionário de país, justamente no ano do Bicentenário, não pode ser tratada como uma fatalidade.

O 7 de setembro não deve ser encarado como uma data destinada à celebração do autoritarismo, da violência e da destruição da cidadania e do pluralismo democrático. Não se trata, é claro, de advogar apenas uma simples celebração alternativa de cores e símbolos nacionais.

Antes, a data deveria ser tomada como uma oportunidade de reflexão crítica sobre os significados históricos de nossa autonomia política e as contradições e experiências inconclusas do avanço da democracia no país.

Abdicar deste desafio é desistirmos de pensar a tensa, mas fundamental, relação entre um projeto de unidade nacional e as diversas demandas por ampliação e pluralização de uma cidadania democrática no país.

Paulo H. Cassimiro. UERJ (@uerj.oficial)

*Este post não representa necessariamente a posição da ANPOCS.

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