Por Paula Barreto

Publicado originalmente em 01/02/2021.

No dia 2 de fevereiro acontece, anualmente, o ritual de entrega dos presentes para iemanjá, a rainha do mar, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, Bahia. A Festa de Iemanjá se tornou um grande evento popular, com forte apelo turístico, mas nem por isso deixou de ser um ritual de candomblé que homenageia divindades femininas associadas às águas – doces, salgadas, rasas e profundas.

Antes de ofertar o presente para Iemanjá (nação kêtu), ou Dandalunda (nação angola), é preciso agradar a Oxum, ou Kisinbi. Nesse ritual não há qualquer sincretismo com santos católicos, mas apenas a demonstração de fé e de amor às deusas do candomblé.

Em 2021, a Festa de Iemanjá não ocorreu como nos anos anteriores por causa da pandemia. O acesso do público à praia do Rio Vermelho foi limitado, e apenas as lideranças religiosas e poucos barcos puderam acompanhar, em um pequeno cortejo, a entrega dos presentes.

Odoiá!

Salvador, 2 de fevereiro de 2021.

Paula Barreto. Professora (UFBA) e integrante do Comitê Relações Étnico-raciais da ANPOCS.

Texto: Paula Barreto (@paula.afro2012)
Foto: Lorena Fleury (@lorenacfleury)

*Este post não representa necessariamente a posição da ANPOCS.

#anpocs #ciênciassociais #sociologia #ciênciapolítica #ciência #2021 #brasil #pesquisa #ensino #divulgaçãocientífica #iemanjá #festadeiemanjá

Deixe um comentário