Comissão de comunicação da ABIA, Comissão de indígenas antropólogos da ABA, Comissão de direitos humanos da ABIA

Publicado originalmente em 11/08/2021

#AbreAspas | A Articulação Brasileira de Indígenas Antropóloges – ABIA, em um momento crítico de violação de direitos indígenas no Brasil, reafirmamos todas as violências praticadas através da ausência de políticas voltadas para povos indígenas; violências essas daqueles que deveriam resguardar os direitos garantidos constitucionalmente nos Art. nº 231 e nº 232 da Carta Magna e ratificados em tratados internacionais, como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O processo de genocídio cruel e desumano com os povos indígenas por parte do Estado vem sendo praticado desde a invasão. Reelaborados as formas de violências por parte da necropolítica exercida pelos detentores de poder, os povos indígenas continuaram a ser alvo das várias violências, que são refletidas nas perseguições, invasões e implementação de grandes projetos que impactam nossos territórios e tantas outras práticas exercidas no período de recrudescimento da política indigenista exercida pelo (des)governo Bolsonaro.

Nós da ABIA reafirmamos e continuaremos na luta, “fazendo o papel falar”, como nos ensina a liderança e antropóloga Valdelice Verón Kaiowá. Por isso, consideramos um marco histórico dos direitos originários a luta das vozes técnicas de indígenas advogados e antropóloges, principalmente na ação executada no dia nove de agosto pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) em denúncia ao Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI), na qual aponta Bolsonaro e seu governo como responsáveis por crimes contra a humanidade e genocídio. Durante muitos anos, nós temos demarcado em vários lugares nosso espaço com nosso corpo-território, contra a prática genocida dos indígenas no Brasil, e o TPI é mais um dos lugares onde a voz dos nossos parentes é ecoada.

@abia.indigena

Comissão de comunicação da ABIA
Comissão de indígenas antropólogos – ABA
Comissão de direitos humanos – ABIA

*Este post não representa necessariamente a posição da ANPOCS

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