Por Felipe Bellide
Publicado originalmente em 23/03/2023
#AbreAspas | No mês de março, pessoas e associações do mundo inteiro se engajam no debate sobre o tema da Diversidade.
Nesse período o calendário da Organização das Nações Unidas promove ao menos três datas internacionais que chamam a atenção para o tema da Diversidade: o Dia Internacional da Mulher (08/03); o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial (21/03); e o Dia Internacional da Visibilidade Transgênero (31/03).
No Brasil, o calendário de atividades aderiu a campanhas importantes como o #8M, voltado para o debate de gênero, e a campanha “21 dias contra o Racismo”. Essas ações demonstram que a agenda da Diversidade tem conquistado cada vez mais espaço na esfera pública.
Para compreendermos o desenvolvimento dessa pauta nós devemos observar a historicidade do debate sobre Diversidade. Essa evolução passa, sem dúvida, por entender o protagonismo dos movimentos sociais. Foram essas organizações que reconheceram a importância de lutar coletivamente contra as formas de desrespeito a que são submetidas. Portanto, debater a Diversidade como valor cultural é uma estratégia pedagógica desses movimentos para evidenciar os desrespeitos históricos a que esses grupos foram submetidos.
Nesse sentido, torna-se fundamental afirmar que para desmontar as estruturas discriminatórias o debate sobre Diversidade deve vir acompanhado de políticas de Equidade e Inclusão. Exemplo disso são as políticas de Ação Afirmativa, o comprometimento com essas medidas é imprescindível para reparar as desigualdades e as injustiças do passado e do presente.
Felipe Bellido. Analisa de D&I.
*Este post não representa necessariamente a posição da ANPOCS.